Há muito tempo atrás Deus criou as estrelas. Ele as fez com muito amor e perfeição. Elas eram tão lindas, cada uma tinha um brilho especial, único.
Deus as preserva, perfeitas, na palma de suas mãos e elas ficavam sempre brilhantes e sorridentes. Até que um dia o criador teria que deixá-las ir, havia chegado a hora. Era o momento da provação. Mas, antes de deixá-las ir Deus jogou um "pozinho" brilhante sobre cada uma delas e disse:
- Esse pó é parte de mim . Quando vocês se sentirem tristes e desamparadas, quando o caminho a seguir for duvidoso, lembrem-se que todas as respostas estão dentro de vocês e eu jamais as deixarei, nem por um instante.
Assim, pouco a pouco, Deus abriu suas mãos deixando as estrelas caírem na Terra. Elas iam, uma a uma, descendo saltitantes, alegres em ver o destino que as aguardavam. Juntas, as estrelas formavam uma chuva brilhante.
Algumas estrelas ao tocarem na Terra tornaram-se tortas, imperfeitas. E por estarem diferentes do que um dia foram elas ficaram infelizes. Nos seus lamentos, clamaram pela ajuda de Deus. Ele ao ouvir as súplicas pediu ao Vento que urrasse aos quatro cantos do Mundo, para lembra-las da promessa feita. Mas as estrelas não puderam ouvir o murmurar do Vento.
Aos poucos elas foram ficando mais tortas e deixaram de acreditar em Si e no Criador. Daí então, elas perderam o brilho, foram se apagando. Algumas estrelas, no entanto não se esqueceram da mensagem e permaneceram irredutíveis em sua Jornada pela Terra. A fé delas era tão forte que as tornavam brilhantes. Talvez não aos olhos das outras estrelas tortas, mas certamente aos olhos de Deus e isso as fortalecia mais ainda.
Diz a lenda que a todo momento uma estrela se apaga e outra se acende, formando a Constelação de Deus. A lenda também diz que quando o sopro do tempo envolve uma estrela, ela vai para o céu e lá permanece, brilhante , para guiar aqueles que a escuridão aprisiona.
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